A 15ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve início na manhã desta segunda-feira (25). Este ano, o evento trouxe como tema central “Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o papel das universidades”, uma implementação da Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a paz, a igualdade e a sustentabilidade em todo o planeta.
A cerimônia de abertura contou com a presença do reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, da vice-reitora, Graciela Inês Bolzón de Muniz, da Pró-reitora de Extensão e Cultura, Mayara Elita Braz Carneiro, do Pró-reitor de graduação, Júlio Gomes, do Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, José Helton Alves e da Presidente da 15ª Siepe, Adriana Inês de Paula. O reitor da UFPR destacou o compromisso da universidade com os ODS. “Acho que os ODS têm sido centrais para a nossa universidade já há muito tempo, especialmente na integração dos ODS com a extensão universitária, uma área fundamental para o crescimento e a transformação social”, afirmou Fonseca. Ele destacou ainda que a UFPR é uma das quatro universidades federais do Brasil a figurar com destaque em rankings internacionais que avaliam o impacto das universidades nos ODS, como o Times Higher Education Impact.
A edição de 2024 da Siepe tem um significado especial. Em um momento de luto pela perda do professor Paulo Vinícius Batista da Silva, falecido no final de outubro, a presidente da 15ª Siepe, Adriana Inês de Paula, reforçou a importância do evento em seguir com a proposta de celebrar e promover a diversidade e a inclusão, pilares defendidos pelo professor. “Ele sempre esteve à frente das políticas afirmativas e da valorização da diversidade na nossa universidade. Seu legado se reflete diretamente na temática deste ano, que aborda os ODS e o papel das universidades nesse contexto”, disse a presidente.
Adriana ainda destacou a importância da participação estudantil para o sucesso da Siepe, ressaltando como os alunos são protagonistas ao compartilhar suas pesquisas, experiências e práticas no evento. “A Siepe é um espaço dinâmico, onde as trocas entre estudantes e a socialização de saberes enriquecem não só a vida acadêmica, mas também contribuem para o desenvolvimento da sociedade”, afirmou. A presença dos estudantes está especialmente forte neste ano, com uma participação ativa nas atividades e discussões, o que tem sido fundamental para o sucesso do evento”.
A forte participação dos alunos em diversas atividades, como a apresentação de trabalhos, rodas de conversa e na troca de experiências sobre projetos de pesquisa e extensão tem sido um diferencial neste evento. As ações da Siepe estão sendo realizadas em diversos espaços da universidade em Curitiba, e nos demais campi, ampliando as oportunidades de interação e colaboração entre os participantes.
A Siepe 2024 também foi uma oportunidade para discutir de maneira ampla os ODS, a Agenda 2030 e os desafios globais e locais. O gerente de educação em liderança do Pacto Global das Nações Unidas, Gustavo Fructuozo Loiola, ressaltou que o Brasil, com sua rica diversidade social e ambiental, tem um papel único nesse processo. “As universidades brasileiras têm demonstrado grande capacidade de inovação para resolver problemas locais, mas também têm contribuído com soluções criativas para desafios globais, como a promoção da igualdade racial e a preservação ambiental”, afirmou Loiola.
O evento também foi um palco para a reflexão sobre a inclusão e a igualdade racial nas universidades. A Diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação e Secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial no Ministério da Igualdade Racial, Tatiana Dias Silva, ressaltou o papel fundamental das universidades frente ao ODS 18 no debate sobre questões raciais.
De acordo com o Governo Federal Brasileiro, foi anunciada em setembro de 2023, a proposta do novo ODS 18, que reflete uma proposta de inclusão da igualdade racial entre as metas globais de desenvolvimento sustentável. A palestrante Tatiana Silva trouxe à tona a realidade das universidades brasileiras no enfrentamento da desigualdade racial, especialmente no contexto acadêmico. Segundo ela, embora avanços significativos tenham sido feitos, como a implementação das cotas raciais nas universidades públicas, ainda há um longo caminho a percorrer. Ela ressaltou que a presença de pessoas negras e indígenas nas universidades deve ser expandida, não só no ingresso, mas também no corpo docente e nas posições de liderança acadêmica e administrativa.
“Após a implementação das cotas, temos observado um aumento no número de estudantes de grupos raciais e étnicos historicamente excluídos das universidades. No entanto, nosso desafio agora é garantir que esses estudantes permaneçam e tenham acesso às oportunidades de desenvolvimento acadêmico e profissional, além de ampliar sua presença em cargos de poder e gestão dentro das instituições”, afirmou Tatiana.
A participação ativa de todos os envolvidos – alunos, professores, pesquisadores e comunidade – fortalece o evento como um espaço não apenas de aprendizado, mas também de ação e transformação.
Para saber mais sobre as atividades que estão acontecendo nos campi da UFPR, clique aqui. A programação se encerra no dia 29 de novembro.
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