Pesquisadores analisaram trajetória do esporte por meio do itinerário percorrido por atletas em 60 anos de competições internacionais
A conquista da primeira medalha por equipes da ginástica artística na Olimpíada de 2024, em Paris, mostra que a trajetória das ginastas brasileiras em Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais tem apresentado resultados progressivos desde os anos 1960, período em que o Brasil iniciou sua participação no cenário competitivo internacional, até a atualidade, momento que em que o país se destaca entre os melhores no esporte.
Entretanto, durante muito tempo, os triunfos na modalidade foram baseados em iniciativas pessoais, principalmente de treinadores, clubes e familiares de ginastas. Após quase 60 anos de participações brasileiras em campeonatos internacionais, o sucesso recente não está condicionado ao desenvolvimento do esporte no contexto do país, que ainda carece de um plano de longo prazo e de políticas públicas que possam sustentar o desenvolvimento a nível nacional.
Em um estudo, publicado no Science of Gymnastics Journal, envolvendo a revisão da trajetória das principais ginastas e de suas conquistas nos Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos de 1966 a 2021, um grupo de pesquisadores realizou uma análise crítica da Ginástica Artística Feminina brasileira neste período e constatou que o investimento, no Brasil, está concentrado em ginastas de elite, principalmente na seleção olímpica, e o desenvolvimento está centralizado em poucos clubes, não havendo, ao longo do tempo, um aumento no número de clubes e de ginastas.
Isso é reflexo de um período grande com infraestrutura, equipamentos e instalações inadequados, financiamento irregular, pouca valorização dos técnicos brasileiros, modelo de treinamento centralizado, entre outros aspectos que tornaram o processo de evolução do esporte mais lento.
Leia a matéria completa, com infográfico, no site da Ciência UFPR
Foto de destaque: Willian Meira/Ministério do Esporte/Divulgação
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