A bolsista Aline Yoko Hori, indicada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi vencedora do 21º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Aline foi premiada na categoria Bolsista de Iniciação Científica Júnior (PIBIC-EM).
Aline conta que chegou até a UFPR através de um convite para participar de um projeto de Iniciação Científica na modalidade Ensino Médio. Um contato que teve através de seu tio. “Tudo começou com a dúvida que tinha quanto à escolha da universidade. Eu pensava em estudar em São Paulo ou no Paraná. Aproveitei para perguntar para o meu tio, que já tinha passado pela Unesp, sobre as oportunidades de pesquisa por lá, porque, desde quando decidi sobre o curso que gostaria de fazer, tinha em mente a área de pesquisa científica. Nesse contexto, meu tio disse que conhecia um professor da UFPR, para quem poderia fazer mais perguntas a respeito. Por meio dessa outra conversa, recebi o convite”, afirma.
A área escolhida para o projeto foi Ciências da Vida (CV) e o tema central é o impacto de animais de companhia na saúde de populações humanas em situação de vulnerabilidade. “Meu trabalho foi um estudo sorológico acerca da leptospirose em populações indígenas das etnias Kaingang e Mbyá-Guarani residentes nos estados do Paraná e de São Paulo, incluindo seus animais de companhia (cães) e os profissionais de saúde de contato”, disse.
Aline ainda explica os processos do projeto. “Além da obtenção de resultados acerca da soropositividade da doença, objetivou-se a análise epidemiológica para identificação dos fatores de risco associados à transmissão, a fim de poder auxiliar em possíveis planejamentos governamentais de ampliação do acesso à saúde em comunidades indígenas dessas regiões”.
Para Aline, essa foi uma oportunidade única de ter contato com o meio acadêmico e científico sem estar na faculdade.
“O programa abre novos horizontes para as universidades públicas. Participar do ambiente acadêmico, do ambiente científico, proporciona o despertar e possibilidades para esses alunos. Essa é a grande missão desse programa de iniciação científica”, disse o coordenador de Iniciação Científica e Tecnológica da UFPR, Edvaldo Trindade.
A premiação
“Quando recebi a ligação do presidente do CNPq me parabenizando por ter ganhado o prêmio, não conseguia acreditar no que estava acontecendo e fiquei sem palavras. Senti uma emoção e alegria imensas, e a primeira coisa que veio à cabeça foi relatar aos gritos essa conquista aos meus familiares e amigos”, afirma Aline.
Durante todo o processo do trabalho, Aline teve a orientação do professor Alexander Welker Biondo, que permitiu à bolsista autonomia no trabalho. “Recebi várias oportunidades de aprendizado no Laboratório de Zoonoses e Epidemiologia Molecular, no Hospital Veterinário da UFPR, onde me ensinaram sobre as práticas laboratoriais. Além disso, tive um apoio imprescindível de meus colegas de Iniciação Científica para a elaboração dos relatórios e para a organização das fichas de pesquisa” pontua e finaliza. “Apesar de ser desafiador no começo, tudo era muito fascinante ao mesmo tempo”.
Para o orientador Alexander: “A orientação de alunos de ensino médio é um desafio, mas um compromisso acadêmico porque despertamos vocações”.
Aline ainda compartilha que sua intensão é cursar medicina na UFPR e para isso, está se capacitando no cursinho pré-vestibular.
Histórico de IC na UFPR
Na UFPR, o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica, gerenciado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) criado em 1991, conta com o PIBIC (Programa Institucional de Iniciação Científica), PIBIC-AF (modalidade para Ações Afirmativas) e o PIBIC-EM (voltado para estudantes do Ensino Médio de escolas públicas), além do PIBITI (Programa de Iniciação Tecnológica).
Os Programas dispõem de bolsas financiadas pelo CNPq e Fundação Araucárias. “No nosso caso, a UFPR também custeia muitas bolsas. Para se ter uma ideia no caso do PIBIC, o CNPq apoia com 455 bolsas e a Fundação Araucárias com mais 190 bolsas, mas a UFPR apoia com mais 200 bolsas de recursos próprios, conhecida como Bolsa TN”, pontua Edvaldo Trindade.
O coordenador Edvaldo afirma que: “Especificamente, no caso do PIBIC-EM, há 30 bolsas que são todas custeadas pelo CNPq e no edital de 2022/2023, referência para esta premiação, tivemos um total de 10% de estudantes que participaram de forma voluntária”
A entrega do prêmio a todos os vencedores desta edição será realizada na 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no período de 7 a 13 de julho deste ano, na Universidade Federal do Pará, em Belém/PA.
Confira mais detalhes sobre o prêmio aqui.
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